Este artigo discute o processo de formação da gastronomia carioca, com ênfase na produção de hábitos e fazeres alimentares desenvolvidos no século XIX e na comida de rua da cidade do Rio de Janeiro, a partir das dualidades que envolvem as tradições europeias, observadas na comida da Corte, e as tradições indígena e africana, representadas pelas formas do fazer culinário popular. O ponto de partida para a análise é que se a comida é uma variável importante para a compreensão das tradições culturais, a cidade do Rio de Janeiro expressa experiência e vivências que traduzem a alma e a gastronomia carioca.