O artigo retoma as noções de regimes “representativo” e “estético”, de Jacques Rancière, para pensar o momento moderno de profusão de documentos e sua multiplicidade de vozes, sintetizadas na noção do “excesso de palavras”. A hipótese é que esse recurso estético permite esclarecer uma nova tessitura da memória social, onde política, estética e historiografia se entrelaçam, apontando para uma reconfiguração do estatuto representacional dos arquivos como acontecimento e outras possibilidades de sua mobilização.
Palavras-chave: arquivos; representações; regime representativo; regime estético.