Na história da música popular carioca do último século, o samba urbano, produzido nas suas primeiras décadas, e o funk, que surge em suas últimas, são dois momentos distantes porém fundamentais para se debater a história da própria cidade. Surgidos nas periferias e favelas, cada ritmo desenvolve uma dinâmica específica na relação entre distintos grupos sociais e seus interesses na formação de suas práticas e representações. A intenção deste artigo é levantar algumas questões acerca das possibilidades de aproximações e diferenças nas trajetórias desses dois universos criativos, dando ênfase aos diálogos e silêncios entre as diferentes cidades que habitam o espaço urbano – e musical – do Rio de