Acervo, Rio de Janeiro, v. 35, n. 2, maio/ago. 2022

Organização do conhecimento em arquivos | Dossiê temático

Princípios e instrumentos da organização do conhecimento no contexto arquivístico

Principles and instruments of knowledge organization in the archival context / Principios e instrumentos de la organización del conocimiento en el contexto archivístico

Tatiana de Almeida

Doutora em Ciência da Informação pelo convênio Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ibict/UFRJ). Professora da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Brasil.

tatiana.almeida@unirio.br

Rosana Portugal Tavares de Moraes

Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora do Departamento de Ciência da Informação da UFF, Brasil.

rosanaportugal@id.uff.br

Resumo

O artigo visa refletir sobre como os estudos arquivísticos dialogam com os conceitos da organização do conhecimento e quais são os princípios conceituais e metodológicos mais estudados no âmbito da arquivística atualmente, além de como esse referencial teórico-metodológico vem sendo aplicado. A análise de artigos e a representação pelas nove classes do CSKOL propiciaram uma percepção sobre como as teorias e dispositivos práticos da organização do conhecimento entraram em foco nos estudos arquivísticos.

Palavras-chave: organização do conhecimento; arquivologia; CSKOL; mapeamento temático.

Abstract

The article aims to ponder on how archival studies dialogue with the concepts of knowledge organization and which are the most studied conceptual and methodological principles in the field of archival science today, in addition to how this theoretical-methodological framework has been applied. The analysis of articles and their representation using the nine CSKOL classes provide a notion into how the theories and practical devices of knowledge organization came into focus in archival studies.

Keywords: knowledge organization; archival science; CSKOL; thematic mapping.

Resumen

El artículo tiene como objetivo reflexionar sobre cómo los estudios archivísticos dialogan con los conceptos de organización del conocimiento y cuáles son los principios conceptuales y metodológicos más estudiados en el ámbito de la investigación archivística en la actualidad, así como también cómo se ha aplicado este marco teórico-metodológico. El análisis de artículos y la representación de las nueve clases de CSKOL proporcionan una idea de cómo las teorías y los dispositivos prácticos de la organización del conocimiento se han concentrado en los estudios de archivos.

Palabras clave: organización del conocimiento; archivística; CSKOL; mapeo temático.

Introdução

Com as tecnologias de informação e comunicação, o documento que, por séculos, se materializou no suporte físico e teve nos armários e estantes seus espaços de guarda passou a utilizar, desde meados do século XX, as mídias eletrônicas como meio de registro pelos processos de digitalização. A partir de então, a configuração dos documentos vem passando por alterações que se tornaram mais evidentes com o surgimento do documento nato digital e com as novas formas de armazenamento medidas em capacidade de memória e em espaços na nuvem. Em ambientes arquivísticos, esses múltiplos suportes e formatos compartilham o mesmo espaço, exigindo dinamicidade e formas mais elaboradas de tratamento informacional, com especial atenção aos metadados e ao conteúdo temático dos documentos.

Arquivos podem ser considerados espaços nucleares para apoio ao desenvolvimento de pesquisas, à tomada de decisões e à geração de novos produtos e serviços. As atividades de uma instituição são alvo de um registro e geram um conjunto de documentos relacionados que devem ser recuperados em tempo hábil para atender demandas específicas que facilitam o fluxo informacional. Nesse sentido, a precisão das informações, bem como a agilidade na recuperação, é um fator essencial na gestão estratégica das instituições.

Com foco na informação orgânico-funcional, os documentos arquivísticos devem preservar tanto o seu conteúdo como o seu contexto, isto é, as informações relacionadas à proveniência, ao setor, à pessoa, à atividade e à instituição que gerou o fundo documental (Barros, 2020). Trata-se de documentos únicos, em um conjunto orgânico, que refletem as funções e atividades que cumprem o ato de registro para fins de manter, além do seu princípio probatório, o seu valor histórico com objetivo cultural e de memória.

Ribeiro (2013) salienta a existência de um deslocamento dos princípios arquivísticos, antes focados na organização física dos documentos e agora no paradigma pós-custodial, que priorizam o acesso à informação. No ambiente interconectado da web, as formas de disponibilizar a informação dão visibilidade aos processos realizados internamente e a como foram pensados para satisfazer as necessidades do público usuário, seja ele pertencente ao órgão produtor dos documentos ou ao público em geral.

Essa problemática se coloca no campo da ciência da informação, por estar voltada a questões científicas e relacionadas à prática profissional com foco nos problemas que consideram a “efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informação” (Saracevic, 1996, p. 46).

Essa efetiva comunicação é viabilizada pelas ações de organização e representação da individualidade das séries e/ou dos itens documentais, conforme cada caso, analisando os termos representativos como pontos de acesso em um atendimento coerente aos objetivos da recuperação da informação e do documento.

A indagação impulsionadora da pesquisa foi: como os estudos arquivísticos dialogam com os conceitos da organização do conhecimento (OC)? Tal questionamento nos leva, também, a outras perguntas, como: quais são os princípios conceituais e metodológicos da OC mais estudados no âmbito da arquivística atualmente? E como esse referencial teórico-metodológico vem sendo aplicado neste campo?

Alguns estudos, como Gomes (1973); Esteban Navarro (1995); Ribeiro (1996); Smit e Kobashi (2003); Campos (2006); Barros e Tognoli (2015); Barros e Sousa (2019); Tognoli, Silva e Silva (2019), apresentam discussões que demonstram os benefícios na aplicação e/ou adaptação das teorias e metodologias da OC para fins de indexação, para tratamento conceitual, para criação de pontos de acesso, para construção de instrumentos de controle de vocabulário e para adoção de formatos e padrões de interoperabilidade de dados. A análise dos estudos supracitados ensejou a presente pesquisa a identificar como os princípios e instrumentos da OC se aplicam no âmbito arquivístico. Essa identificação foi demonstrada de forma quanti-qualitativa e por meio da sistematização em uma estrutura classificatória.

Para tanto, foi realizado um levantamento da literatura em ciência da informação utilizando termos de busca que refletissem os estudos da OC, vinculados à arquivologia, nas bases de dados Brapci e Scielo. Sendo assim, recuperamos o que consideramos ser um conjunto expressivo de documentos em condições de demonstrar o estado da arte das questões colocadas acima.

Para melhor visualização de como essa produção discursiva se apresenta, mapeamos suas temáticas a partir de um instrumento classificatório, o Classification System for Knowledge Organization Literature (CSKOL). Essa estrutura é um meta-modelo, idealizado por Ingetraut Dahlberg, e possui uma sequência lógica que nos possibilitou, através de seus relacionamentos, evidenciar os objetos estudados, as teorias, os métodos e os espaços de aplicação.

O CSKOL foi elaborado por Dahlberg, partindo de estudos relacionados ao aperfeiçoamento de sistemas de classificação, quando a pesquisadora estabeleceu um conjunto de princípios, chamado systematifier. Trata-se de uma ferramenta que sistematiza o conhecimento em uma tríade: as classes 1-3 tratam do objeto, as classes 4-6, das atividades e especialidades e as classes 7-9, dos espaços de aplicação. O CSKOL também foi estruturado de acordo com pressupostos tradicionais dos sistemas de classificação, como a decimalidade e a facetação. Dessa forma, os elementos organizadores do systematifier foram designados pela estrutura de cada uma dessas nove classes do CSKOL.

Com base na fundamentação teórica e metodológica que apresentaremos a seguir, e na análise e discussão realizada a partir da classificação dos artigos por meio do CSKOL, foi possível observar em que medida a arquivologia tem se utilizado das ferramentas e do arcabouço teórico da organização do conhecimento em suas pesquisas.

Contextualização da organização do conhecimento

Para fins de entendimento e discussão acerca da OC, vimos a necessidade de tratar nesta seção seus aspectos conceituais que possibilitaram fundamentar a pesquisa proposta.

O tratamento de informações, de documentos, de disciplinas, de áreas do conhecimento e de saberes, inclusive dos novos tipos de registros, tem sido uma preocupação constante. Podem-se verificar diversos indícios de inquietação em relação às questões de organização de documentos, de informações e de estruturas do conhecimento existentes. Contudo, é evidente que, a princípio, tal preocupação era mais voltada para questões de armazenamento, memória e guarda de documentos e pouco se discutia sobre facilitar a circulação, a recuperação e a disseminação da informação. Com o passar do tempo, houve uma crescente necessidade de criar novas formas de organização para dar suporte à demanda do conhecimento, da informação e do avanço tecnológico, elementos aqui destacados como essenciais no desenvolvimento de uma sociedade.

Sendo assim, tratar o conteúdo informacional dos documentos, por meio de sua representação, passa a ser fundamental para que o usuário possa encontrar as informações desejadas, entre muitas daquelas disponíveis, no momento em que se fazem necessárias e de acordo com seu interesse. Para Campos e Gomes (2003, p. 162) a representação da informação “é um norteador para a organização de documentos e informação”.

A representação da informação é essencial para o trabalho dos profissionais da informação. Sendo assim, com vistas a produzir formas de representação para identificar e recuperar documentos, a partir das suas qualidades e características principais, se faz necessário que esses profissionais compreendam os processos de análise e síntese. Novellino (1996, p. 38) afirma que:

a principal característica do processo de representação da informação é a substituição de uma entidade linguística longa e complexa ‒ o texto do documento ‒ por sua descrição abreviada. O uso de tal sumarização não é apenas uma consequência de restrições práticas quanto ao volume de material a ser armazenado e recuperado. Essa sumarização é desejável pois sua função é demonstrar a essência do documento. Ela funciona então como um artifício para enfatizar o que é essencial no documento considerando sua recuperação, sendo a solução ideal para organização e uso da informação.

Ou seja, a representação da informação se dá por meio de sínteses, que pode vir a ser um resumo, um mapa, um termo indexador, uma notação ou outros tipos de sínteses possíveis. É uma forma de comunicação em que o grande esforço é o de reapresentar a informação num formato mais simples e fácil de identificar e, ao mesmo tempo, que não modifique seu conteúdo e sua essência e seja concebida da forma mais inteligível e contextual.

Gomes (1973) identifica pontos em comum entre a documentação, a biblioteconomia e a arquivologia desde sua origem e afirma que a solução para as questões relativas ao acesso aos documentos está nos princípios desenvolvidos pela documentação. Atualmente, Gomes (2018) reforça sua ideia ressaltando que a presença de documentos heterogêneos desde a fase corrente introduz nos arquivos a preocupação com os sistemas de recuperação da informação. Isso se faz presente para possibilitar o acesso e a autonomia do usuário na busca de informações. A autora também enfatiza a importância do tratamento temático do documento e, nesse sentido, a necessidade de instrumentos de controle terminológico.

Os instrumentos de organização do conhecimento são a garantia de uma organização formal que visa interligar os elementos com vocabulários estruturados e formalizados, que servem para tratar e recuperar a informação, podendo ser utilizados tanto no ambiente da web como nos espaços físicos. Essas ferramentas se fazem importantes na era atual, pois existe também a necessidade de uma organização do acervo, tanto bibliográfico como arquivístico, de documentos digitais.

O desenvolvimento de instrumentos terminológicos, desde os mais simples, como listas de termos autorizados até tesauros e ontologias, são ferramentas que, de acordo com uma política de indexação, auxiliam na padronização dos termos. Além disso, asseguram consistência na forma de nomear elementos intrínsecos aos documentos, como também os termos contextuais que podem sofrer alteração ao longo do tempo. O tesauro estrutura os termos de modo a especificar seu significado e a explicitar seus relacionamentos, estabelece o termo autorizado e permite associar os que estão no mesmo campo semântico e os que possuem alguma ligação pelo uso. Assim, controla casos de sinonímia, homonímia, polissemia e ambiguidade, contribuindo para a harmonização dos termos e a consequente precisão na fase de tratamento da informação arquivística, mas de modo a alcançar a pluralidade da linguagem que pode ser utilizada na busca do usuário.

Além do tesauro, os esquemas de classificação, as taxonomias e as ontologias são instrumentos úteis na sistematização do conhecimento arquivístico, permitindo demonstrar a extensão dos assuntos que estão sob sua guarda e como estão associados, formando um todo orgânico. Esses instrumentos são sistemas de organização do conhecimento (SOC), que são empregados na organização e representação dos conceitos pertencentes a um domínio do conhecimento. SOC é definido por Hodge (2000, p. 3, tradução nossa) como “o coração de toda biblioteca, museu e arquivo”, uma ponte entre a necessidade de informação do usuário e o material presente na coleção, que tem como propósito auxiliar na administração da coleção e na recuperação da informação, independentemente do conhecimento prévio sobre o assunto pesquisado. Os SOC auxiliam na socialização de informações produzidas, para que sejam recuperadas de forma ágil, precisa e condizente com as necessidades do usuário. Para tanto, dependem de um arcabouço teórico e metodológico para sua construção, como: a Teoria da Classificação Facetada, a Teoria do Conceito e a Teoria da Terminologia.

Percurso metodológico

As etapas propostas para a execução deste estudo enquadram-se como exploratório-descritivas e, como embasamento para análise, a abordagem quanti-qualitativa. Como fonte para coleta de dados da pesquisa foram utilizadas duas bases representativas na reunião de artigos científicos, a Base de Dados de Periódicos em Ciência da Informação (Brapci) e a Scientific Electronic Library Online (Scielo), esta última com o objetivo de alcançar os artigos publicados em revistas fora do escopo da ciência da informação (CI). A Brapci é uma base de dados referencial que identifica os títulos de periódicos da área de CI e indexa seus artigos. Atualmente a Brapci disponibiliza referências e resumos de textos publicados em 57 periódicos nacionais impressos e eletrônicos. A Scielo é uma biblioteca digital de livre acesso e modelo cooperativo de publicação digital de periódicos científicos brasileiros, resultado de um projeto de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (antiga Bireme).

Nessas bases, foi empregada como estratégia de busca a combinação do radical arquiv* com os seguintes termos: “representação da informação”; “representação do conhecimento”; “organização da informação”; “organização do conhecimento” e “recuperação da informação” no campo resumo. As buscas foram realizadas nos meses de junho e julho de 2021, com a cobertura temporal oferecida por cada base, sendo considerados todos os artigos recuperados, ainda que publicados em revistas estrangeiras. Os dados coletados foram organizados em planilhas por: autor; título; resumo; palavra-chave; ano e periódico. Foram aplicados os seguintes critérios de exclusão: artigos duplicados e artigos que não apresentavam conteúdo relativo ao contexto arquivístico junto às temáticas da organização do conhecimento. Cabe ressaltar, em relação aos artigos duplicados nas duas bases, que foram mantidas as versões que figuravam na base Brapci e excluídas as da base Scielo, o que não interferiu nos resultados do estudo, já que os artigos contidos nas duas bases foram analisados em conjunto.

Após essa primeira fase, iniciou-se a classificação no CSKOL. Para tanto, foram analisados título, resumo e palavras-chave de cada artigo e identificadas as notações e as legendas das classes pertinentes, portanto, a depender de sua abrangência, cada artigo foi classificado em no mínimo 2 e no máximo 4 subclasses do CSKOL. Quando a leitura do resumo não foi suficiente para a compreensão dos objetivos do artigo, o documento completo foi consultado para garantir uma análise mais coerente. Cabe ressaltar que na apresentação dos resultados (seção seguinte) destacamos os assuntos e estudos que serviram como base para nossas decisões classificatórias na atribuição de cada uma das classes.

Todos os artigos recuperados a partir das pesquisas realizadas nos periódicos definidos receberam o mesmo tratamento, dividido em três etapas distintas: organização, análise do conteúdo e categorização de acordo com o CSKOL. Salientamos que consideramos importante o uso de instrumentos classificatórios preestabelecidos e referendados por especialistas da área de escopo do tema de estudo a ser representado.

Destaca-se que a categorização realizada nesse estudo parte de um olhar isolado e formado a partir de nossa experiência prática e teórica, dessa forma, o resultado não tem pretensão alguma de ser uma verdade absoluta. Entende-se que possam existir outras visões classificatórias desse objeto de pesquisa, até mesmo utilizando instrumento de classificação idêntico.

Resultados de pesquisa

As buscas, de acordo com a combinação de termos, geraram um total de 174 artigos recuperados, sendo 143 da Brapci e 31 da Scielo. Nesse conjunto de documentos foram aplicados os critérios de exclusão relatados acima, assim, foram retirados 54 artigos da Brapci e 22 da base Scielo. Dessa forma, o corpus de análise da pesquisa foi formado por 89 documentos da Brapci e nove do Scielo, totalizando 98 artigos (Tabela 1).

Tabela 1 – Resultados da estratégia de busca


Combinação do radical arquiv* com os termos:

Quantitativo de documentos recuperados

Quantitativo após critérios de exclusão

Brapci

Scielo

Brapci

Scielo

representação da informação

38

7

27

2

representação do conhecimento

13

3

10

1

organização da informação

17

11

7

2

organização do conhecimento

20

7

15

2

recuperação da informação

55

3

30

2

Total parcial

143

31

89

9

Total geral

174

98

Fonte: dados da pesquisa.


Em nossa primeira análise, contabilizamos o número de artigos publicados por ano (Figura 1). O primeiro artigo foi publicado em 2003 e, até 2016, o máximo foi de seis publicações por ano. A partir de 2017, há um crescimento significativo no número de publicações, chegando ao ápice de 17 publicações nos anos 2018 e 2019. O ano de 2020 mostra diminuição, totalizando dez artigos, o que pode estar associado ao ano atípico devido à pandemia de Covid-19.



Figura 1 – Artigos publicados por ano. Fonte: dados da pesquisa


Para classificação no CSKOL, buscamos identificar as temáticas de forma exaustiva e de modo a alcançar maior especificidade por meio da leitura e análise do título, resumo e palavras-chave. Apresentamos a seguir os resultados da análise da frequência recebida pelas classes 1, 2, 3, 7, 8 e 9 por meio dos gráficos e, pelas classes 4, 5 e 6, em forma de uma análise textual.

A classe 1 engloba as temáticas relacionadas aos fundamentos teóricos e problemas mais abrangentes da organização do conhecimento (Figura 2). A subclasse que obteve maior frequência foi a 111, com estudos que discutem, de forma geral, as questões teóricas envolvidas não apenas em arquivos, mas extensivas a museus e a bibliotecas. A subclasse 149 foi representada por trabalhos voltados ao tratamento da informação relacionado às estruturas documentais, ao gerenciamento eletrônico de documentos com foco na preservação e reutilização e à gestão de documentos arquivísticos, considerando suas especificidades, como os prontuários médicos e as fotografias. Com a mesma frequência destacam-se as subclasses 124 e 178. A primeira, com foco na construção de modelos conceituais e a segunda, com trabalhos que utilizam as contribuições da análise de domínio para o estabelecimento de fundos arquivísticos e a estruturação da classificação arquivística, por exemplo.


Figura 2 – Classe 1: fundamentos teóricos e problemas gerais. Fonte: dados da pesquisa


A classe 2 (Figura 3) reúne temas diretamente relacionados à construção de sistemas de classificação e tesauros. A maior frequência foi alcançada pela classe 2, com trabalhos que analisaram: a elaboração de vocabulário controlado em seus aspectos teóricos e metodológicos; estudos comparativos entre sistemas arquivísticos; reflexão sobre a ausência das discussões relacionadas a linguagens documentárias no contexto arquivístico e à falta de disciplinas sobre vocabulário controlado em matrizes curriculares nos cursos de arquivologia.


Figura 3 – Classe 2: estrutura e construção de sistemas de classificação e tesauros. Fonte: dados da pesquisa


Os princípios metodológicos que embasam os estudos da classificação e indexação são recepcionados na classe 3 (Figura 4). Com maior destaque estão os estudos que se utilizam da análise de conteúdo, subclasse 324, tanto como metodologia no desenvolvimento de pesquisas como formação de categorias de análise e criação de mapas conceituais. A subclasse 328 abarcou trabalhos que tratam do conceito de análise de assunto no ensino de arquivologia e biblioteconomia, que destacam a importância dessa metodologia para a representação e recuperação de informação arquivística, sobretudo nos arquivos permanentes, e que aplicam na representação de imagens e filmes, visando o potencial informativo dos documentos imagéticos.


Figura 4 – Classe 3: metodologia da classificação e indexação. Fonte: dados da pesquisa


A classe 4 arrola os trabalhos voltados para sistemas de classificação universal e tesauros. A subclasse 484 é específica ao contexto arquivístico e foi representada por cinco trabalhos. A classe 5 trata de taxonomias em áreas específicas do conhecimento e foi representada por um trabalho, que abordou a taxonomia como um instrumento de recuperação da informação arquivística. A classe 6, sobre classificações e tesauros em assuntos especiais, foi representada por um estudo na subclasse 65, com foco na classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde (CID), e outro na subclasse 69, que abordou um modelo com base em arquivos de legendas de filmes e séries.

A representação do conhecimento sob a perspectiva das questões terminológicas é representada na classe 7 (Figura 5). A subclasse 751 compreende as temáticas relacionadas aos problemas com a recuperação da informação, aspecto evidenciado de forma significativa nos trabalhos sob diversos enfoques: relacionados à representação no contexto de documentos digitais; à utilização de ontologias, de ferramentas específicas para análise de texto, de hipertexto, de metadados para descrição de imagens, do uso estratégico da classificação e da taxonomia, dos índices tipológicos, da gestão eletrônica de documentos (GED) e da nomeação de arquivos digitais, todos com objetivo de aperfeiçoar e otimizar a recuperação da informação arquivística. As subclasses 725 e 759 foram representadas em duas pesquisas cada, a primeira pautou a interligação de dados de arquivos, bibliotecas e museus por meio de vocabulários específicos da web semântica e a segunda tratou da avaliação de sistemas de descrição de documentos arquivísticos.


Figura 5 – Classe 7: representação do conhecimento por linguagem e terminologia. Fonte: dados da pesquisa


A classe 8 permite demonstrar os tipos de materiais das atividades de classificação e de indexação (Figura 6). A subclasse 847 foi a que obteve a maior frequência neste estudo e é a que especifica os materiais de arquivo como alvo das atividades de classificação e indexação. Observamos que as pesquisas têm como objeto informacional os arquivos pessoais e permanentes de instituições públicas e privadas voltadas para o ensino superior e para área da saúde, como os prontuários eletrônicos, além de arquivos de materiais artísticos, fotográficos e arquitetônicos. A subclasse 872 expõe os trabalhos no escopo da classificação e indexação de imagens com estudos sobre as características que qualificam um álbum como fotográfico; a identificação de campos para descrição de fotografias jornalísticas e artísticas, análise e indexação de paisagens geográficas; ambientes colaborativos de imagens na web e imagens de arquitetura.


Figura 6 – Classe 8: classificação e indexação aplicadas. Fonte: dados da pesquisa


Ações relacionadas aos processos de interação que influenciam a organização e a representação da informação e do conhecimento são dispostas na classe 9 (Figura 7). A maior frequência foi observada na subclasse 943, que aborda a descrição arquivística. Em nossa análise foram classificados trabalhos que versam sobre a proveniência e o contexto dos registros documentais em diferentes níveis; problematizam a comunicação dos arquivos com o público por meio dos instrumentos de referência; propõem a utilização das técnicas de análise documentária para descrição arquivística; tratam da fidelidade na descrição de documentos fotográficos, da importância de seguir as normas e padrões na descrição de imagens e da contextualização nos acervos fotográficos como forma de minimizar a subjetividade. Outros trabalhos discutiram a utilização do modelo de descrição tradicional de documentos nos ambientes digitais e dos instrumentos de gestão para descrição de documentos universitários; também investigaram o conceito de descrição arquivística e de padrões descritivos nos processos de organização e representação da informação. A subclasse 918 recepciona trabalhos alusivos a metadados e Resource Description Framework (RDF). Os trabalhos encontrados tratam da descrição de recursos informacionais e dos desafios para integração de coleções em diferentes contextos; da representação de documentos arquivísticos digitais de acordo com o modelo Open Archival Information System (OAIS), aplicada em conjunto com padrões de metadados; da representação em ambiente colaborativo de compartilhamento de imagens na web; de metadados para descrição de imagens, como também normalizados para representação de imagens de arquitetura em repositório digital e de organização e representação de grandes volumes de documentos e dos princípios da gestão da informação. Os trabalhos que se referem a pessoas históricas foram representados na subclasse 922, tais como: a Teoria da Assemblage, de Manuel Delanda; a relevância de Paul Otlet e o Tratado da Documentação; a contribuição de Terry Cook com a arquivística funcional ou pós-moderna para a organização do conhecimento arquivístico contemporâneo e o aporte do Classification Research Group (CRG) e seus membros no processo de indexação.


Figura 7 – Classe 9: ambiente da organização do conhecimento. Fonte: dados da pesquisa


A análise dos artigos e a representação pelas nove classes do CSKOL propiciam uma percepção de como as teorias e dispositivos práticos da organização do conhecimento se concentraram nos estudos arquivísticos nos últimos anos. A partir deste levantamento também foi possível observar nuances acerca de desdobramentos de abordagens teóricas e metodológicas utilizadas.

Análise e discussão

Os estudos de Barros (2020) e Linden, Viana e Medeiros (2019) afirmam que a organização do conhecimento no contexto arquivístico é um tema pouco explorado, ainda que se note um maior interesse da arquivística no uso dos aportes teórico-metodológicos da OC. Essa afirmação pôde ser constatada no quantitativo de artigos publicados por ano. De 2003 a 2016, portanto em 14 anos, foram contabilizados 38 artigos; e de 2017 a 2020, sessenta artigos. O crescimento no número de publicações nos últimos anos é notório, tal dado indica maior interesse da área pelos estudos de OC e configura um forte relacionamento interdisciplinar (Figura 1).

Tabela 2 – Frequência de classificações no CSKOL

Systematifier

Classes

Frequência de classificações

Frequência nos agrupamentos

1-3

Objetos (teorias e métodos)

1. Fundamentos teóricos e problemas gerais; teoria da classificação e indexação em geral

61

91

2. Estrutura e construção de sistemas de classificação e tesauro

14

3. Metodologia da classificação e indexação

16

4-6

Atividades/

especialidades

4. Classificação em sistemas universais e tesauros

6

9

5. Classificação de objetos especiais (taxonomias)

1

6. Classificação de assuntos especiais e tesauros

2

7-9

Ambientes de aplicação

7. Representação do conhecimento por linguagem e terminologia

38

136

8. Classificação e indexação aplicadas

48

9. Ambientes de organização do conhecimento

50

Fonte: dados da pesquisa.


Os dados quantitativos das nove classes do CSKOL, dispostos na Tabela 2, permitem fazer algumas análises interpretativas, bem como cruzar os resultados com outros trabalhos desenvolvidos na área.

Os aportes teóricos da organização do conhecimento são demonstrados na classe 1, a qual se destacou com expressiva representatividade, sendo a classe que obteve a maior frequência de artigos classificados. Embora esses dados possam demonstrar uma maior incidência dos aspectos conceituais dos estudos analisados, cabe ressaltar que se trata da classe mais abrangente do esquema, no que se refere a questões teóricas que transparecem também nos estudos aplicados aos processos existentes na OC.

O mesmo não aconteceu com a classe 2, relacionada à construção de sistemas de classificação e tesauro, o que corrobora o estudo de Davanzo e Moreira (2018), que se baseia em trabalhos anteriores como Moreira, Davanzo e Moraes (2015) e Siqueira (2011), para afirmar que há pouca expressão na literatura da arquivologia quanto a vocabulário controlado. Os autores também reconhecem o vocabulário controlado como um instrumento útil nos processos de análise nos dois grandes pilares da arquivologia: a classificação e a descrição. O estudo de Davanzo e Moreira (2018) demonstra que apenas nove universidades, dentre as 16 que oferecem o curso de arquivologia, trabalham em suas disciplinas conteúdo relacionado a vocabulários controlados.

Fechando o primeiro agrupamento, de acordo com os pressupostos do systematifier, a classe 3 recepciona os estudos que abordam os princípios metodológicos da classificação e da indexação e recebe frequência similar à classe anterior. Este dado ratifica o que diz Barros (2016, p. 34), quando afirma que “a indexação enquanto parte de um processo de representação do conteúdo documental ainda é pouco utilizada no contexto teórico-metodológico dos arquivos e da arquivística e seu uso muitas vezes ocorre de forma improvisada e incongruente”.

O segundo agrupamento do CSKOL é formado pelas classes 4, 5 e 6, possui a finalidade de acolher os instrumentos que indicam a representação universal do conhecimento e foi o agrupamento que apresentou a menor frequência. Neste agrupamento, a classe 4 foi a que obteve o maior número de classificações, voltadas exatamente ao contexto arquivístico.

As classes 7, 8 e 9 formam o terceiro agrupamento do CSKOL. Possuem como foco aspectos que demonstram a correlação entre a organização do conhecimento e as demais áreas, quais os pontos de conexão e como são trabalhados no desenvolvimento de produtos. Trata, também, dos métodos utilizados na criação de instrumentos em áreas especializadas e, por último, dos profissionais, das atividades de ensino e dos instrumentos para descrição de registros bibliográficos e da padronização com objetivos de compartilhamento, além dos estudos de usuários. Este agrupamento foi o que alcançou maior frequência, revelando uma tendência aos estudos relacionados aos problemas práticos e a busca de soluções para questões características do cotidiano do fazer arquivístico. Decidimos ressaltar as 3 subclasses que alcançaram maior frequência para comentar, quais sejam: 751, 847 e 943.

As questões que envolvem a recuperação da informação são marcadamente uma preocupação nos estudos arquivísticos. A subclasse 751 ‒ “recuperação da informação em geral” ‒ obteve significativa frequência: trinta artigos. A área que tradicionalmente lidou com o suporte físico para armazenamento da informação tem no suporte digital diferentes níveis de complexidade e elementos que impelem a um repensar de métodos e técnicas, com objetivo de proporcionar o acesso e ampliar as possibilidades de recuperação da informação.

Correlacionados aos processos necessários para uma efetiva recuperação da informação, encontramos 32 artigos na classe 847, “classificação e indexação de documentos arquivísticos”, sendo esta a maior frequência do estudo. Evidencia-se, desse modo, a ênfase de alguns trabalhos nas questões terminológicas como determinantes para o tratamento da informação arquivística. Esse aspecto é ressaltado na pesquisa de Fujita e Rodriguez (2018), quando apresentam os benefícios da indexação nos procedimentos arquivísticos e declaram que, ao salientar o conteúdo dos documentos, abre-se a possibilidade de integrar informações de diferentes proveniências e ainda é favorecida a recuperação em mais de um fundo, dentro ou fora da instituição de custódia. Sobre esse resultado, Davanzo e Moreira (2017) entendem ser essa uma característica da arquivística pós-moderna, quando seu objeto deve ser compreendido de modo a considerar não mais instrumentos estáticos para acesso à informação, mas “antes devem ser atualizados e (re)criados”.

A classe 9 recepciona os termos que retratam os ambientes e espaços de aplicação das teorias e métodos da organização do conhecimento. As ações relacionadas à descrição arquivística ‒ uma atividade basilar ao trabalho desenvolvido nos arquivos ‒ foram representadas pela subclasse 943, sendo abordadas em 28 artigos.

De modo geral, as classes com maior representatividade nesta pesquisa se aproximam das considerações do estudo de Linden, Vianna e Medeiros (2019), o qual teve como objeto os anais da ISKO Brasil entre 2011 e 2017. No estudo, os autores concluíram que as temáticas de maior interesse nos estudos na área são: “a) classificação arquivística, b) descrição arquivística e c) linguagens documentárias aplicadas aos arquivos preponderantemente”.

Em ambas as pesquisas, observa-se que os estudos com base no processamento técnico são predominantes na área da arquivologia, com o diferencial de que, nesta pesquisa, também foi possível averiguar maior atenção com as questões que envolvem a recuperação da informação.

Considerações finais

Este estudo buscou demonstrar por meio de uma abordagem quanti-qualitativa, com base no CSKOL, como os princípios e instrumentos da organização do conhecimento estão sendo aplicados no contexto arquivístico. Para melhor responder aos nossos questionamentos, priorizamos os artigos que continham abordagens do âmbito arquivístico, mas que utilizaram arcabouço teórico, metodológico e ferramental da OC. Sendo assim, lançamos algumas questões como fio condutor para nossas análises, que abordam quais seriam os princípios conceituais e metodológicos da OC mais estudados no contexto arquivístico e como esses pressupostos vêm sendo aplicados.

Os espaços informacionais, em geral, foram impactados com as tecnologias de informação e comunicação. Sendo assim, é possível afirmar que os acervos arquivísticos, com a automatização dos processos específicos às rotinas de trabalho, também sofreram mudanças que resultaram em maior agilidade, controle e precisão na realização das tarefas voltadas à produção e à circulação de seus documentos. Todas essas atualizações movimentaram, consequentemente, as formas de acesso e recuperação nesses ambientes.

Cabe aqui ressaltar que nos parece que tais estudos têm se intensificado nos últimos anos devido, principalmente, à adoção do suporte digital como meio de produção, organização, recuperação e acesso aos documentos arquivísticos. Tal vertente digital fez a área repensar sua teoria e sua prática, além de ter gerado mudanças nas atribuições do profissional arquivista, de guardião para ativo participante nos processos de gestão de documentos (Tognoli; Silva; Silva, 2019).

Este estudo também demonstrou uma aproximação teórica e prática da arquivologia com a organização do conhecimento. Ainda que sejam muitos os estudos que ressaltam a falta de diálogo entre as duas áreas, esta pesquisa mostra que há iniciativas de discussões numa evidente busca por solução dos problemas de ordem prática ocasionados pelas demandas dos meios digitais.

Dessa forma, ambas as áreas se beneficiam desse aspecto interdisciplinar, pois reforçam suas teorias conforme alcançam ambientes diversificados de aplicação. Sendo assim, a área que faz uso da teoria se fortalece e tem a possibilidade de inovar seus processos e produtos. Já a área que cede o aporte teórico consolida suas bases conceituais e alcança solidez à medida em que seus princípios são testados em novos ambientes, contribui com a sedimentação de suas teorias e metodologias e propicia o desenvolvimento do campo.

Nesse cenário, os princípios teórico-práticos da organização do conhecimento, que vinham sendo aplicados pela biblioteconomia e ciência da informação no desenvolvimento de instrumentos classificatórios e de controle terminológico, oferecem diretrizes aplicadas também nos arquivos, configurando assim uma relação interdisciplinar.

Assim como este estudo ampliou o conhecimento sobre as questões interdisciplinares que se colocam, aspiramos a que possa contribuir para reflexões e abordagens mais direcionadas aos pontos que, sob análise dos especialistas da área de arquivologia, possam auxiliar a percepção de outros aspectos não indicados neste artigo.

Esperamos, por fim, que os resultados desta pesquisa contribuam para o crescente olhar dos estudos arquivísticos às metodologias e ferramentas da organização do conhecimento. E que essa parceria traga reflexões não só para os profissionais que usufruem desses campos de estudo, mas para os usuários que se beneficiam dos resultados obtidos.

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Recebido em 19/11/2021

Aprovado em 17/2/2022



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