O presente artigo tem como propósito rever o papel que tem sido atribuído ao vestuário no cotidiano dos escravos da cidade do Rio de Janeiro no Oitocentos, buscando novos elementos para ampliar a compreensão de como os escravos praticavam o vestir na experiência do cativeiro. O estudo compreende a análise de textos e imagens do livro Viagem ao Brasil: 1865-1866, de Louis e Elizabeth Agassiz, com o exame crítico dos registros textuais e imagéticos como representações construídas acerca da aparência dos escravos, nas quais a roupa é um fator significativo na caracterização da população negra e escrava.