O artigo remonta aos cadernos de anotações de Marc Ferrez, produzidos nas primeiras décadas do século XX, analisando-os como uma escrita autobiográfica e um esforço de construção de memória. Os cadernos evidenciam um empenho de inventariar a própria obra, registrar os conhecimentos tecnológicos e científicos que marcaram a fotografia no limiar da prática fotográfica moderna e produzir uma “escrita de si” que valorizasse o autor como artista, fotógrafo, homem moderno e exímio conhecedor dos processos e tecnologias da imagem fotográfica.
Palavras-chave: coleção, memória, autobiografia, escrita de si, documentos pessoais, Marc Ferrez.